São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997
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Farah culpa PM por briga com torcida em Campinas

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, responsabilizou a PM de Campinas pelo conflito entre torcedores e policiais anteontem, no estádio Brinco de Ouro.
"A PM de Campinas separou as torcidas dentro do estádio, o que não se faz mais em São Paulo."
Para Farah, a situação fugiu ao controle porque o local destinado aos corintianos era insuficiente para abrigá-los.
"Falei com o Capitão Luna (responsável pelo policiamento no estádio anteontem) por volta das 20h10 e lhe pedi para colocar a torcida do Corinthians no tobogã, mas ele se negou a fazer isso."
Em nota oficial ao comandante do 2º Batalhão de Choque, Coronel Carlos Alberto de Camargo, a FPF diz que não concorda com três atitudes tomadas: "a separação das torcidas, não permitir o acesso da torcida do Corinthians ao tobogã e o fechamento abrupto dos portões, o que provocou a ira dos torcedores."
Com o fechamento dos portões, vários torcedores, com ingressos na mão, ficaram para fora. Revoltados, eles entraram em confronto com a PM, e 34 pessoas se feriram.
Houve ainda a morte, por ataque cardíaco, de uma pessoa que não estava envolvida nos tumultos.
"Só fechei os portões porque não cabia mais ninguém lá dentro. O estádio estava abarrotado", afirmou o Capitão Luna.
Segundo a FPF, os 27.118 pagantes correspondem a 70% da lotação do estádio (40 mil lugares).
A polícia solicitará a proibição de venda de ingressos momentos antes das próximas partidas do Guarani para anular a ida de torcedores sem ingressos ao estádio.

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