São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997 |
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O amor sobe aos palcos ao som de rock
PEDRO CIRNE DE ALBUQUERQUE
Com cinco atores atuando ao lado de seis músicos, "A Diferença que um Dia Faz" tem uma "tendência videoclipezada", segundo o diretor, Elton Wagner. "A forma da montagem é moderna, rápida e dinâmica. A narrativa é muito veloz, e há a participação de músicas, com cenas não muito longas e uma forma de iluminação muito marcada. Há realmente semelhanças com o videoclipe", diz Wagner. Uma dessas semelhanças é exemplificada com a presença, no próprio palco, do grupo musical Verve Volátil. Os seis músicos, liderados pelo vocalista e arranjador Renato Primo Comi aparecem em cena como se estivessem ensaiando. "Eles não estão vestidos para dar um show nem agem como se estivessem em frente a uma platéia. É como se eles estivessem na sala de suas casas, ensaiando as músicas", explica o diretor. Wagner distingue o que Verve Volátil faz em "A Diferença..." da sonoplastia normal de uma peça. "Os músicos não fazem uma sonoplastia do espetáculo. É como se o espectador visse uma peça de teatro e um show de rock ao mesmo tempo". O valor de um dia O enredo, um texto inédito de Zé Roberto Pereira, conta a história de um casal em separação após um relacionamento de nove anos. A moça, Lorena, tem uma visão e se identifica com um pássaro negro, que vê voando sobre a neve. Então, ela comunica a Marco, o rapaz com quem vive, que vai deixá-lo. Ele aceita a separação, mas faz um pedido: que ela lhe dê um dia antes de romper a relação. Ela concorda, pois acredita que um dia a mais não causaria mudança alguma na relação deles. Assim, Marco parte para reconquistar, em 24 horas, o amor que antes havia entre eles. O enredo da história surgiu após o autor ouvir a música "What a Difference a Day Makes" (que diferença um dia faz), canção que ficou famosa na voz da cantora Dinah Washington. Peça: A Diferença que um Dia Faz Texto: Zé Roberto Pereira Com: Henrique Pessoa, Sabrina Cunha e outros Direção: Elton Wagner Quando: a partir de hoje, às sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 17h Onde: teatro-laboratório da ECA/USP (av. prof. Luciano Gualberto, trav. J, 215, Cidade Universitária, tel. 818-4376) Quanto: entrada franca (retirar os ingressos com uma hora de antecedência) Texto Anterior: Programação da Mostra Próximo Texto: Guia da Folha SP Índice |
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