São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997 |
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Jornais fazem apelo por 'imprensa livre'
DA REDAÇÃO A Associação Mundial de Jornais divulga hoje, Dia Mundial da Imprensa, sua "Carta pela Imprensa Livre".A carta estabelece dez princípios, afirmando que "uma imprensa livre significa um povo livre". O texto rechaça toda forma de censura, exige liberdade para empresas jornalísticas se desenvolverem e também condena diferença de tratamento entre imprensa oficial e imprensa independente. "Restrições ao livre ingresso no campo do jornalismo ou sua prática por meio de licenças ou exigência de certificados devem ser eliminadas", defende a associação. O Dia Mundial da Imprensa foi instituído para homenagear jornalistas perseguidos. "Os números são eloquentes", diz Timothy Balding, diretor-geral da Associação Mundial de Jornais. "Nos últimos dez anos, mais de 500 jornalistas foram mortos no exercício de sua profissão. Só no ano passado, registraram-se 1.800 atentados contra órgãos de imprensa em 160 países", afirma. Vários diretores de jornal escreveram textos para a data. "Compartilho da definição, já clássica, que um dos grandes empresários da imprensa cunhou quando lhe perguntaram o que é uma notícia: 'Algo que alguém, em algum lugar, pretende esconder. O resto é publicidade'", disse Gebran Tueni, diretor do "An Nahar", do Líbano. Para Daisy Li Yuet-Wah, diretora do "Ming Pao", de Hong Kong, a imprensa livre tem um futuro incerto na colônia, que será devolvida para a China. "Ainda que seja um consenso que a liberdade de imprensa será inevitavelmente cortada depois da mudança de governo, a situação não é desesperadora, desde que o mundo mantenha uma estreita vigilância sobre os acontecimentos", disse. Texto Anterior: Morre em Miami o último Flipper Próximo Texto: Separatista dos EUA se entrega à polícia; Palestinos e Israelense se chocam em Hebron; Justiça dos EUA quer ver notas sobre Clinton; EUA chegam a acordo sobre orçamento; Itália condena famosos estilistas de moda; Donald Trump e Marla Maples se separam Índice |
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