São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997
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Empréstimo sai de fundos

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-adjunto de Planejamento do Estado de Minas Gerais, Marcos Pestana, considera simplistas os cálculos de que cada emprego gerado pela Mercedes irá custar R$ 575 mil para os cofres públicos.
"O que estamos fazendo é financiar a empresa com base em receitas futuras geradas por ela mesma."
Parte do dinheiro, afirma, vem de dois fundos criados com devolução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) pago por empresas que se instalaram no Estado.
Outra parte -os R$ 775 milhões- só será concedida após o primeiro ano de funcionamento da fábrica e sairá de outro fundo.
Minas possui três fundos de investimento. O Proindústria e o Proin (programa de financiamento à modernização) são formados com 50% do ICMS recolhido pelas empresas que recebem incentivo.
O Fundiest (Fundo de Desenvolvimento de Indústrias Estratégicas) foi criado para empresas que invistam mais de US$ 150 milhões e criem mais de 500 empregos. É por meio desse fundo que a Mercedes receberá os R$ 775 milhões durante dez anos, afirma Pestana.
"Minas tem um sistema de incentivos institucionalizado, aprovado pela Assembléia Legislativa. Isso nos dá vantagens competitivas."
Segundo ele, a dinamização da economia de Juiz Fora é motivo suficiente para justificar os incentivos à montadora. "A opção era ter ou não o investimento, que vai significar um novo ciclo de desenvolvimento da região."
(SL)

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