São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Botafogo resiste à pressão e leva turno

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Botafogo venceu ontem o segundo turno do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro ao empatar com o Fluminense em 0 a 0. Como já havia ganho o primeiro turno, o Botafogo vai para as finais da competição com vantagem.
Um público de 72.643 pagantes, que proporcionou uma renda de R$ 779.940,00, a segunda maior da competição, assistiu a um jogo que durante todo o tempo foi uma disputa entre a defesa do Botafogo e o ataque do Fluminense.
O primeiro tempo foi todo tricolor. O time jogou com muito mais entusiasmo e, comandado no meio-campo pelo veterano Paulo Roberto, pressionou a defesa do Botafogo, especialmente nos últimos 15 minutos.
Com a vantagem do empate, o Botafogo entrou em campo usando a tática de atrair o Fluminense para seu campo, a fim de aproveitar os contra-ataques. A tática começou dando certo e, aos 18min, Marcelinho Souza quase marca.
O problema é que o passe do meio-campo do Botafogo não saía certo, e o Fluminense começou a dominar aquele setor. Paulo Roberto, Yan e o atacante Nildo jogavam muito bem, e a pressão do tricolor ficou cada vez mais forte.
Aos 37min, o lateral botafoguense Jéfferson foi fazer uma firula e perdeu a bola para Nildo, que entrou na área, sendo empurrado. Os jogadores do Fluminense reclamaram pênalti, mas o juiz Carlos Elias Pimentel nada marcou.
O segundo tempo não foi diferente, com uma certa melhora no contra-ataque do Botafogo após a entrada de Dimba, aos 15min.
O técnico Waldyr Espinosa, do Fluminense, foi ousado, tirando o lateral Ronald para colocar o atacante Luís Henrique. A pressão se intensificou, e o goleiro Wagner acabou se transformando em uma das principais figuras do jogo.

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