São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Lincoln Road é clichê de paraíso tropical

FERNANDO OLIVA
DO ENVIADO ESPECIAL

Se o roteiro de sua viagem não dispensar bares, restaurantes, badalação e alguma paquera, só há um lugar em Miami que consegue concorrer com a Ocean Drive. É a Lincoln Road, que oferece as mesmas opções que a rival, só que de forma mais tranquila e civilizada.
Ao contrário da ostentação fashion da Ocean, quem frequenta a Lincoln tem um estilo mais "cool" e parece mais disposto a aceitar turistas "normais". Lado a lado convivem casais gays e discretas famílias norte-americanas.
Com um sem-número de cafés, bares e restaurantes -além das galerias de arte, lojas de antiguidades, butiques, sorveterias e lojas de CDs-, a avenida começa a aparecer e ameaça abalar o reinado da célebre Ocean Drive.
A mais importante revista de variedades da cidade, a "Ocean Drive", já dedica uma página mensal à Lincoln, com roteiro de atrações completo e atualizado.
A rede de galerias Artcenter-South Florida tem dez endereços na Lincoln Road e ruas próximas. São estúdios abertos que valem a visita pelo contato tête-à-tête com a produção dos artistas.
Alguns deles, como no número 810 da avenida, chegam a reunir cerca de 20 profissionais, entre pintores, escultores, fotógrafos e artistas multimídia. Você pode entrar em qualquer uma dessas galerias coletivas, ficar passeando, olhar tudo, fazer perguntas e, então, ir embora. A entrada é franca.
Clichês
O único problema da Lincoln Road é que, no passeio largo e arborizado, tudo é muito moderno e cheira a falso, espécie de cenário construído para inserção do turista no clichê do paraíso tropical.
Fica nítido que as palmeiras foram plantadas recentemente para emprestar um tom de "balneário" ao lugar (estão todas presas ao chão por fixadores de metal).
Mas até que os pubs -imitando os tradicionais londrinos- nem ficam assim tão deslocados numa cidade à beira-mar.
É o caso do Van Dyke Cafe (nº 846), em madeira do piso ao teto, que tornou-se uma referência da Lincoln. Sempre lotado de uma clientela internacional, tem jazz ao vivo no piso superior e serve comida italiana e hambúrgueres.
Se for lá, não deixe de experimentar as cervejas holandesas Amstel e Grolsch, as americanas Coors Light e Red Stripe e a sopa fria de tomates picantes.
Alternativo, o Papillon Cafe (nº 530) é parada obrigatória. Simpático e moderno, oferece variada e internacional seleção de cervejas: Carlsburg (Dinamarca), Pilsner (República Tcheca), Carib (Trinidad e Tobago) ou Fischer la Belle (França). Peça uma salada de espinafre, um prato de macarrão com molho ao pesto e um café italiano da Lavazza.

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