São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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Boa safra aquece negócios na Agrishow

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O crescimento do interesse de visitantes de outros países consolidou o status internacional da Agrishow, encerrada no último sábado, em Ribeirão Preto (SP), com um faturamento próximo de US$ 800 milhões.
Montado pela primeira vez, o escritório de apoio a estrangeiros registrou a passagem de missões de 18 países.
"A feira se tornou verdadeiramente internacional", diz o presidente da Abimaq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos), Sérgio Magalhães, que organiza a Agrishow.
Magalhães pretende divulgar a feira em Bolonha (Itália), Hannover (Alemanha) e na Austrália para tentar atrair novos expositores.
No próximo ano, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) terá serviços e catálogos em inglês e um banco para a troca de moeda.
A Agrishow recebeu missões consulares de países como Polônia, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, África do Sul e Costa do Marfim, além de todo o Mercosul.
A indústria polonesa Ursus, que esteve pela primeira vez em uma feira brasileira, deslocou toda diretoria a Ribeirão.
A Jacto, empresa de implementos de Pompéia (SP), trouxe representantes de vendas de 20 países.
"Mostramos aos nossos parceiros a força da Jacto na Agrishow", diz Fábio Torres, 30, diretor de marketing da empresa.
Negócios
O volume de negócios atingiu as metas das maiores empresas de máquinas e implementos.
"Superamos o esperado", diz Luiz Carlos Bólico, da SLC, que atribui o bom momento ao preço da soja e do milho no mercado internacional.
Para Mario Hirose, diretor-superintendente da Case, a recuperação em relação a 96 se deve também ao sucateamento do maquinário. "O agricultor está se modernizando", diz.
O aumento médio de 30% nas vendas, segundo as empresas, anda não é motivo para comemoração, diz Rasso von Reininghaus, 38, diretor comercial da New Holland. No ano passado, o país vendeu 10 mil tratores -em 95, foram 18 mil. "Teríamos que chegar a pelo menos 35 mil", diz.
Financiamentos
Apesar de as empresas falarem em recuperação, a agência do Banco do Brasil atingiu a meta de financiamentos, segundo o gerente José Wilson de Souza Maciel, 51.
No ano passado, o banco realizou negócios de R$ 30 milhões. "Esperávamos o dobro. O agricultor está mais 'pé no chão' que antes", diz.

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