São Paulo, terça-feira, 6 de maio de 1997
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Infláveis são tendência em Milão

MARIA HELENA ESTRADA
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM MILÃO

Uma das tendências notadas na Feira Internacional do Móvel de Milão, em abril, são os infláveis. Luminárias, cinzeiros, vasos, castiçais e fruteiras se tornam objetos que se desmaterializam ao sabor do vento... ou do sopro.
Feitos em material plástico, polietilenos e polipropilenos, muitos surgem flutuantes no espaço, quase impalpáveis.
Outra tendência, ou realidade, é a da grande homologação formal, ou seja, mesas, cadeiras, poltronas e móveis em geral estão cada dia mais parecidos entre si (já é quase impossível distinguir que móvel pertence a qual empresa). Segundo o designer Marc Sadler, ocorre "uma contínua clonagem das formas: cada cadeira dá origem a mil outras", disse.
Mas, apesar dos reclamos do consumo e das dificuldades do mundo industrial, o design continua em sua tarefa de, gradualmente, transformar o mundo e nosso comportamento.
O salão milanês contou este ano com cerca de 1.350 empresas expositoras, sendo 158 estrangeiras, que se espalharam pelos mais de 1,8 mil estandes nos setores de móveis e objetos para a casa, escritórios e cozinhas.
Em sua próxima edição, devido à necessidade de espaço, o evento se deslocará para as novas instalações de Portello, região periférica de Milão.
A cada ano cresce este universo industrial, para um consumo que as empresas pretendem, e precisam, que seja cada vez maior.
Esta seria uma das razões para a "clonagem", ou cópia, como se diria há algum tempo, com produtos globalizados, que podem atender tanto a Europa e os EUA quanto os mercados emergentes, do Brasil à China.

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