São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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98 já começou; Saída possível; Medida preventiva; Humor palaciano; Clãs rivais; Nervosismo eleitoral; Conhecimento de causa; Não dissimulado; Fora de hora; Retrato preocupante; Não é do ramo; Produto de exportação; Etapa vencida; Modelo de esquerda; É dando que se recebe; Dúvida recorrente

98 já começou
Para o Planalto, a oposição à reeleição de FHC é a origem da turbulência que o governo enfrenta agora. A esquerda começou seu jogo. E setores que estão hoje no governo ampliam dificuldades para negociar posição melhor em eventual 2º mandato.

Saída possível
O PMDB da Câmara se entendeu com o do Senado e devolveu a FHC a indicação dos ministros do partido porque viu que Eliseu Padilha seria rifado. Serjão disse ao líder Geddel Lima que "Aloysio Nunes estava 90% indicado" para a pasta dos Transportes.

Medida preventiva
Jogando para FHC a responsabilidade de indicar os ministros do PMDB, o partido tenta evitar a desmoralização de ver o presidente nomear quem quiser, apesar das consultas, e ganha tempo para pensar sobre aliança em 98.

Humor palaciano
Comentário ouvido ontem no Planalto, depois do apitaço promovido pela oposição na Câmara: "Quem disse que a oposição não apita neste país?".

Clãs rivais
De Epitácio Cafeteira (PPB), respondendo se era a favor da desincompatibilização de governadores por temer que Roseana Sarney (PFL) utilize a máquina: "Meu filho, se ela não sabe usar a máquina nem para governar!".

Nervosismo eleitoral
Sem correções de rumo, os caciques do PFL acham que, em pouco tempo, o Planalto não ganha mais nada no Congresso.

Conhecimento de causa
Bonifácio de Andrada (PPB) deu razão à esquerda no apitaço ontem. "Nem no regime militar a maioria cometia o erro de não deixar pelo menos uma saída honrosa para oposição."

Não dissimulado
Conclusão de quem viu levantamento de Eliseu Padilha (PMDB) sobre posição dos deputados na reforma administrativa: a maioria do Congresso, inclusive os caciques, é contra. Razão: mordem a própria carne.

Fora de hora
Do Uruguai, FHC deu uma bronca no Banco Central. Pouco antes da visita do brasileiro àquele país, o BC fechou as últimas brechas à recente medida de freio na importação que desagradou aos colegas do Mercosul.

Retrato preocupante
Em dezembro de 94, o Banco do Brasil tinha 20 mi de clientes. Em dezembro de 96, 6,4 mi. A deliberada estratégia de enxugamento foi na contramão do que faz a banca privada, que tenta ampliar clientela e diluir risco.

Não é do ramo
O Planalto tem a mesma opinião que Antonio Ermírio de Moraes sobre o Consórcio Brasil, que venceu o leilão da Vale. Em breve, fatiarão a empresa.

Produto de exportação
O apitaço da oposição para obstruir a reforma administrativa fez sucesso entre parlamentares ucranianos que visitavam ontem a Câmara. Empolgados, disseram que importarão a idéia.

Etapa vencida
Ao contrário de colegas no governo Covas, David Zylbersztajn (secretário de Energia) colheu vitória no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Foram rejeitadas quatro ações contra a privatização das energéticas.

Modelo de esquerda
Ivan Valente (PT) propôs à Câmara que a sessão de 8 de outubro seja dedicada a Che Guevara.

É dando que se recebe
O PFL que quer reaproximação com Covas alega que Maluf não cumpriu o combinado após eleger Pitta. Deveria ter dado ao partido quatro secretarias, três estatais e seis administrações regionais. Deu duas secretarias.

Dúvida recorrente
Carlos Neder (PT), vereador paulistano, pediu ao Ministério Público que investigue a compra por Pitta de um Santana em fevereiro. Quer saber se é compatível com a renda do prefeito. E se foi pago em cheque ou em dinheiro.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do governista Olavo Calheiros (PMDB-AL), sobre o apitaço da oposição contra decisão da Mesa da Câmara de não votar os destaques da reforma administrativa:
- O governo pode até passar passar o trator, mas não pode recorrer a manobras regimentais que cheirem a golpe. A tradição da Casa é votar os destaques. Já a oposição não pode reagir de forma irresponsável.

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