São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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Policiais vão depor sobre agressão amanhã

VAGNER MAGALHÃES
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os 13 policiais envolvidos no suposto espancamento de presas, ocorrido em Santa Rosa de Viterbo (305 km de São Paulo) em janeiro, serão ouvidos amanhã pela Justiça do município.
Os policiais civis estão respondendo processo por abuso de autoridade e lesão corporal, enquanto os militares respondem somente pelo abuso de autoridade.
O crime de lesão corporal é apurado pela Justiça Militar.
Outras 12 presas também estão sendo processadas por motim.
Elas serão ouvidas em Altinópolis, para onde foram transferidas logo após a confusão na cadeia.
A juíza de Altinópolis, Julieta Passeri de Souza, disse que ainda não há uma data definida para que elas sejam ouvidas.
"Estamos aguardando uma carta precatória da Justiça de Santa Rosa para que esses depoimentos sejam colhidos", disse ontem a juíza à Folha.
Para o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, a apuração do caso é um compromisso da Secretaria da Segurança Pública.
O ouvidor afirmou que não tem competência para discutir a posição da Justiça em ter indiciado as presas pelo motim, mas afirma que o relatório produzido pela ouvidoria não constatou a ação.
"Pelo que foi apurado por nós, houve apenas um protesto pacífico, inclusive sem danos ao patrimônio do Estado", disse ele.
O delegado de Santa Rosa do Viterbo, Helton Testi Renz, afirmou não ter dúvidas que a ação da polícia foi legítima.
Segundo ele, foi uma operação difícil, na qual havia risco de uma rebelião "incontrolável".

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