São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997 |
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Para EUA, Brasil é exportador "incapaz"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo dos Estados Unidos criticou a suposta incapacidade do Brasil de exportar para o mercado norte-americano e a posição contrária ao início das negociações da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) em março de 1998 defendida pelo Mercosul.As declarações foram feitas, durante teleconferência na terça-feira, por Peter Allgeier, representante-adjunto para o hemisfério ocidental do USTR (escritório de comércio norte-americano) e chefe da delegação dos EUA nas negociações preliminares da Alca. "As importações dos EUA de produtos da América Latina aumentaram em US$ 6 bilhões em 1996, o que representa crescimento de 50%. O Brasil não aumentou suas exportações em nenhum dólar", declarou Allgeier. "Por que a Argentina aumentou suas exportações aos EUA em 30%, todo o resto da América Latina em pelo menos 15% e somente o Brasil e pequenas ilhas do Caribe não conseguiram?", completou. Segundo Allgeier, o Brasil está perdendo parcelas do mercado norte-americano porque não consegue embarcar nem mesmo produtos que têm alta demanda. Também comentou que não faz sentido a versão de que as barreiras comerciais impostas pelos EUA inviabilizam as exportações brasileiras. "Todos os países enfrentam as mesmas barreiras." Sem fundamento Segundo o ministro Renato Marques, diretor-geral do Departamento de Integração do Itamaraty, a crítica feita por Allgeier sobre as exportações brasileiras não tem fundamentação. "Teríamos de conhecer melhor a composição da pauta de exportação dos demais países destinada aos EUA", afirmou Marques. "Allgeier dá o resultado da avaliação, mas não apresenta os elementos que usou para fundamentá-la", completou Marques. Os EUA impõem atualmente mais de 40 restrições comerciais que afetam as exportações de produtos brasileiros, como siderúrgicos, suco de laranja, café solúvel e calçados. Texto Anterior: BC manda consórcio reduzir a multa por atraso para 2% Próximo Texto: Agricultores terão crédito de R$ 250 mi Índice |
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