São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997
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Exame da OAB contém 'pérolas'

ESPECIAL PARA A FOLHA

O exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) -que habilita os bacharéis em direito a exercer a advocacia- é farto em exemplos de falta de conhecimento.
Certa vez, um candidato perguntado sobre o que era a ordem de vocação hereditária (ordem dos herdeiros na sucessão) respondeu: "É quando o filho segue a mesma profissão do pai, ou seja, filho de peixe, peixinho é".
Outro, ao tentar explicar o que era Fazenda Pública, disse que era uma propriedade agrícola do governo a que todos têm livre acesso.
O pretório excelso (significa Supremo Tribunal Federal) já foi confundido com "um ilustre jurista mineiro".
Mas não é só no Brasil que o problema existe. Na Itália, exames de conclusão do curso de direito também revelam a falta de conhecimento dos recém-formados.
O professor Luiz Olavo Baptista, da Faculdade de Direito da USP, encontrou alguns exemplos numa publicação italiana chamada "Contratto e impresa".
Num deles, o professor pede ao aluno que defina casamento. A resposta: o casamento é a união entre duas ou mais pessoas.
Algumas respostas chegam até a ter uma certa carga erótica. É o caso da aluna que, ao discorrer sobre os vícios da vontade (defeitos que invalidam um ato jurídico), é indagada sobre qual deles (vícios) prefere. Olhando fixamente nos olhos do examinador, a candidata responde: "A violência física, professor".

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