São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997 |
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Dualib foi investigado em 1987
MARCELO DAMATO
Em 1987, o relatório de uma sindicância do sindicato paulista de árbitros, ao qual a Folha teve acesso, recomendou que Dualib fosse considerado "pessoa indesejável à arbitragem". A sindicância foi aberta no início do ano para apurar evidências de fraudes. Alguns dos juízes sob suspeita haviam sido afastados pela FPF. Outros foram banidos em 1988, quando Eduardo José Farah sucedeu José Maria Marin na presidência da FPF. Ele conta que um dia no início de 1987, Dualib, então diretor de Futebol, perguntou-lhe se havia recebido o dinheiro (na época, Cz$ 220 mil) que enviara após o jogo Corinthians 1 x 0 Palmeiras. Nesse jogo da semifinal do Paulista-86, o corintiano Mauro impediu um gol com o braço, mas Silva Filho não marcou pênalti. No relato, o juiz diz que contestou Dualib, negando ter recebido o dinheiro e até que o aceitaria. Segundo Silva Filho, ele foi "vendido sem saber". Isto ocorre quando uma pessoa diz ter contato com o juiz, mas nada faz, além de ficar com o dinheiro. Ouvido pela Folha, Silva Filho afirmou que mantém o que está no depoimento. Dualib, procurado, negou o episódio. Texto Anterior: CBF suspende dirigentes 'sob suspeita' Próximo Texto: Mendes pega documentos Índice |
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