São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997
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Música foi área que teve mais patrocínios

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Música foi o setor que conseguiu o maior número de contratos de patrocínio em 96, de acordo com levantamento feito pela empresa Articultura, de Yacoff Sarkovas, divulgado anteontem no seminário "Marketing Cultural: Um Investimento com Qualidade".
O seminário, realizado pela empresa Informações Culturais, reuniu 15 palestrantes, entre intelectuais, representantes do Ministério da Cultura (MinC) e de empresas e fundações, durante dois dias, no Museu de Arte Moderna.
Sarkovas, que participou do segundo módulo do seminário, expôs a estrutura de captação de recursos para projetos culturais, composta por políticas públicas, mecenato privado, mercado consumidor e marketing cultural.
Apresentou estatísticas do mercado norte-americano que comprovam que os investimentos referentes ao marketing cultural cresceram 536% em três anos, movimentando US$ 5,9 bilhões em 96.
Sobre o Brasil, os dados mais recentes não incluem o total de recursos, apenas o número de contratos. Foram catalogadas 12.610 ações de patrocínio no ano. Em segundo lugar, após a música, ficou o teatro, com 20% do total, seguido por música erudita e ópera (11%), cinema (6%), dança (4%), literatura (3%) e artes (2%).
"O marketing cultural não é a panacéia que vai salvar a economia da cultura. Hoje não há atividade que possa almejar financiamento por uma única fonte", afirmou. O presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, falou em seguida, ressaltando a necessidade de estimular o mercado em prol de conteúdos e valores. "É preciso coragem de remar contra a maré. Precisamos colocar a estrutura do 'entertainment' a serviço do conteúdo."

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