São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997 |
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Marco Ferreri, 68, morre em Paris
MARTA AVANCINI
A morte ocorreu dois dias antes de seu aniversário, que seria comemorado amanhã. A data coincide com a celebração do cinquentenário do festival de Cannes, ao qual o cineasta está diretamente ligado. Ali ele exibiu oito filmes. E foi na edição de 73 que se tornou mundialmente famoso, após ter escandalizado o público do festival com "A Comilança". Ali, Ferreri conta a história de um grupo de amigos que come e bebe até morrer. Para Gilles Jacob, delegado-geral do festival de Cannes, o cinema perdeu um dos seus artistas mais originais: "Sua obra é uma alegoria da crise do homem contemporâneo. O festival nunca vai se esquecer dele". O ex-ministro francês da Cultura Jack Lang também ressaltou a originalidade de Ferreri: "Era um cineasta raro e singular, soube extrair da sociedade moderna tudo o que ela tem de provocante, engraçado e inovador". Ferreri estreou na direção com "Il Pisito" (58). "Crônica de um Amor Louco" (82), baseado em Charles Bokowski, é tido como seu melhor trabalho, na área que mais prezava: a provocação. "Provocadores como eu são úteis", dizia. Texto Anterior: Último filme de Mastroianni emociona público do festival Índice |
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