São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toyota traz 4 picapes da Argentina

Modelo concorre com a S10

MARCELO TADEU LIA
ENVIADO ESPECIAL À ARGENTINA

Preço cai 15 por cento
A Toyota prepara uma "invasão" no segmento das picapes médias no Brasil -hoje dominado pela S10, da Chevrolet, e Ranger, da Ford- e vai lançar ainda neste mês uma nova linha de versões da Hilux a diesel.
A picape mundial Hilux, fabricada pela Toyota desde 1967, passa a ser montada na fábrica de Zárate, na província de Buenos Aires (Argentina).
Pelo acordo do Mercosul, o utilitário vai chegar ao Brasil com preços mais atraentes: pelo menos 15% menores, em relação aos dos modelos importados anteriormente.
A variedade de versões frente à concorrência e o grande espaço para carga -que comporta de uma tonelada (versão topo de linha com cabine estendida) a até 1,2 tonelada (versão mais simples)- são os grandes trunfos da Hilux para enfrentar a concorrência no mercado brasileiro.
A picape terá quatro modelos básicos: com tração 4x2 (em duas rodas, igual à de carros de passeio), 4x4 (nas quatro rodas), com caçambas simples ou dupla.
O modelo 4x2 cabine simples -que passa a contar com um motor 2.8, ao invés do antigo 2.4- terá dois níveis de acabamento: básico, com preço sugerido de US$ 21.408, e DLX, por US$ 22.218 (com ar-condicionado, fica em US$ 24.228).
Com cabine dupla, a Hilux 4x2 DLX tem preço sugerido de US$ 27.138.
Entre as versões 4x4, há uma DLX cabine dupla (US$ 29.138) e outras duas chamadas de SR2, de melhor acabamento, com preços entre US$ 28.648 (cabine simples) e US$ 32.468 (dupla).
O motor de 2.800 centímetros cúbicos (cc), a diesel, de 77 cavalos (cv) equipará todos os modelos.
Estilo
Por fora, a Hilux mantém o mesmo design robusto e de linhas um tanto sérias.
A diferença fica por conta das picapes 4x4, que possuem um perfil mais elevado, com rodas de aro 16 e altura em relação ao solo de 1,8 metro -as outras são bem mais "baixinhas", com 1,55 metro.
Uma diferença que a Toyota introduz, que na prática significa melhor dirigibilidade, fica por conta da suspensão dianteira.
O sistema foi redimensionado e passou do feixe de molas (mais rígido) para o independente -mais estável e seguro.
Mas a Hilux, mesmo com tantas opções de acabamento, peca justamente pela simplicidade.
Acionamento elétrico de vidros e travas das portas, por exemplo, estão disponíveis apenas na versão topo de linha (SR5 4x4 cabine dupla).
O interior, mesmo das versões mais luxuosas, também é um tanto espartano e desconfortável.

O jornalista Marcelo Tadeu Lia viajou à Argentina a convite da Toyota

Texto Anterior: Internet tem catálogo de carros em português
Próximo Texto: Montadora pode fabricar "popular" no Brasil
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.