São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997 |
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Juiz não aceita testemunho de policiais
FERNANDA DA ESCÓSSIA
Paula Thomaz é acusada de ter participado, junto com o ex-marido, Guilherme de Pádua, do assassinato da atriz Daniella Perez, em dezembro de 1992. Pádua foi julgado em janeiro deste ano e condenado a 19 anos de prisão. A intenção dos promotores era levar ao tribunal três policiais que teriam ouvido uma suposta confissão de Paula Thomaz. Os três já foram ouvidos nas investigações e tiveram os depoimentos anexados aos autos do processo. O promotor Maurício Assayag recebeu o despacho com a decisão do juiz e saiu sem dar declarações. O julgamento, que será transmitido em flashes ao vivo pela TV, só deve terminar na sexta-feira. A promotoria poderia tentar ainda o que se chama de "desentranhamento de peças", um pedido de separação de provas do processo, que provocaria novo adiamento, mas nada foi confirmado até o fim da tarde de ontem. No despacho, o juiz José Geraldo Antônio alega que as partes tiveram tempo para solicitar diligências e troca de testemunhas. As testemunhas a serem substituídas eram a senadora Benedita da Silva (PT-RJ), o frentista Cláudio de Almeida Bastos e o lavador de carros Antônio Claretes. Os três alegaram motivos pessoais para não comparecer. A substituição já havia sido indeferida no dia 28 de abril. No dia 8 de maio, os promotores entraram com novo pedido, que ontem foi recusado. A única testemunha da acusação deverá ser o advogado Hugo da Silveira, que passou pelo local do crime e diz ter visto uma mulher. Depois, teria reconhecido Paula por fotos de jornal. "Isso é suficiente para nós. O depoimento dele é muito forte", afirma o advogado Artur Lavigne, assistente da acusação. O fato de o advogado ter identificado Paula Thomaz por fotos de jornal será alegado pela defesa como motivo de desqualificação. As três testemunhas de defesa são a jornalista Paula Máiran, a mãe de Paula, Maria Aparecida Nogueira, e uma amiga da acusada, Maria Rita Braga. A defesa de Paula Thomaz vai alegar que ela não esteve no local do crime. O advogado de Paula Thomaz, Carlos Eduardo Machado, foi procurado ontem pela Folha e não foi encontrado. Em seu escritório, funcionários informaram que ele estava estudando o processo. Texto Anterior: Morador pede instalação de orelhão Próximo Texto: Entidades protestam e pedem condenação Índice |
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