São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Montadoras superam marca de 9 mil veículos fabricados por dia

Indústria estabelece em abril recordes de produção e vendas

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria automobilística bateu novo recorde de produção e vendas no mês passado.
As montadoras instaladas no país superaram pela primeira vez a média de 9.000 veículos produzidos por dia. Fabricaram 193.081 unidades em abril (média de 9.194 por dia), 12,1% mais que em março. O recorde anterior era de agosto de 96 (180 mil unidades).
A indústria prevê novo recorde mês que vem: 196.349 veículos produzidos, média de 9.350 por dia. Em julho o ritmo cai: 186 mil unidades (8.113 por dia), porque algumas montadoras deverão ter férias coletivas.
As vendas no atacado (do fabricante para a concessionária) acompanharam o velocidade da produção. A indústria comercializou 183.390 veículos nacionais e importados, 9,6% mais do que em março deste ano (167.354), melhor marca anterior.
A venda de "populares" foi recorde em abril: 82.517 automóveis, 63,1% do total de carros fabricados no país.
O estoque de veículos está em queda, segundo números da Anfavea. As revendas terminaram abril com 90 mil carros no pátio. "As concessionárias estão de parabéns. É um estoque baixo, equivalente a menos de 15 dias de venda", diz Silvano Valentino, presidente da Anfavea, a associação das montadoras.
Exportações
As exportações de veículos em abril cresceram 18% em relação a março. Foram vendidos para o exterior 35.709 unidades. Entre janeiro e abril deste ano foram exportados 106.954 veículos, 46,3% acima do resultado obtido no mesmo período do ano passado.
O faturamento com as exportações de veículos e máquinas agrícolas no mês passado foi de US$ 369, 5 milhões, 27,9% mais do que em março. Entre janeiro e abril, as vendas externas da indústria atingiram US$ 1,08 bilhão.
As importações de veículos também cresceram: 27.701 unidades, alta de 18% em relação a março.
A Anfavea ainda não sabe avaliar o efeito do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para 15%. "Na teoria,", diz Valentino, pode haver redução de vendas. "Mas é preciso ver o que acontece na prática."
O presidente da Anfavea diz que o governo não deverá adotar novas medidas anticonsumo nos próximos três meses. Vai primeiro avaliar os efeitos do aumento do IOF. Ele não acredita em redução do prazo de financiamento para 12 meses. "Seria um suicídio."

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