São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Juiz denuncia pressão de 1 ano

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O diretor-técnico da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Árbitros de Futebol, Nelson Orlando Lehmkuhl, 55, disse ontem que há pelo menos um ano juízes da Conaf vêm sofrendo pressões do ex-presidente da entidade Ivens Mendes para beneficiar times por meio da arbitragem.
"A gente ouvia árbitros reclamando que a situação estava indo por caminhos perigosos, que ele (Mendes) estava ajudando lá, beneficiando aqui", disse Lehmkuhl.
Ele responsabilizou também a cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pela situação. "A CBF também é responsável. Jamais isso aconteceria sem o conhecimento do Ricardo Teixeira."
Teixeira não foi encontrado para comentar as acusações.
Segundo Lehmkuhl, que também é diretor da Federação Paranaense de Futebol, a confederação representa mais de 25 mil árbitros em todo o país.
O dirigente fez parte da Conaf entre 1992 e 1993. Ele disse que, na época não havia qualquer pressão de Mendes para que os juízes beneficiassem determinados times. "Os critérios para seleção sempre foram a neutralidade e o momento profissional de cada um."
Lehmkuhl disse que não denunciou a situação antes porque "a federação paranaense era bem vista pela Conaf e pela própria CBF".
Ele disse, porém, que apenas uma minoria dos juízes se rende às pressões. "A arbitragem foi traída por uma pessoa em quem depositávamos a maior confiança."

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