São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Farah minimiza a violência no Paulista e culpa só corintianos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da confusão na partida entre Guarani e Corinthians, que resultou em uma morte, e nos incidentes no clássico de sábado, entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, entende que não há muita violência no Paulista-97.
"Tivemos apenas dois casos de violência neste campeonato. E os dois foram produzidos por apenas uma torcida, a do Corinthians", disse o dirigente.
No tumulto do jogo de sábado passado, em Santos, duas pessoas foram presas, seis ficaram feridas, e uma bomba de fabricação caseira estourou no estádio.
O jogo entre São José e São Paulo, no domingo, também teve problemas extracampo.
A Federação Paulista autorizou a entrada de 3.000 mães no estádio Martins Pereira, mas, como todos os 19 mil ingressos haviam sido vendidos, a polícia, temendo superlotação, impediu a entrada de vários torcedores que tinham comprado entradas.
Farah, que reembolsou mais de 300 pessoas que não conseguiram ver o jogo, assumiu o erro e disse que o episódio não se repetirá.
"Aos torcedores que compraram ingressos e não entraram, pedimos desculpas", disse.
Apesar do tumulto de sábado, os dirigentes santistas não acham justa uma possível interdição da Vila Belmiro em grandes jogos.
"Confusão acontece em qualquer lugar. Veja o caso do estádio do Guarani. Não tem justificativa qualquer punição da federação à Vila. Foi uma brincadeira de mau gosto, e da torcida do Corinthians", disse Ramos Delgado, coordenador de futebol do Santos.
Independente de punição à Vila Belmiro, o Santos, uma vez classificado para o quadrangular decisivo do Campeonato Paulista, não deverá disputar os jogos finais, todos clássicos, em seu estádio.

Texto Anterior: Brasil Esportivo
Próximo Texto: Kasparov faz exigências para tira-teima
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.