São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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PF vai investigar operações com ouro

Denúncia envolve funcionários do BC

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, determinou ontem à Polícia Federal abertura de inquérito policial para apurar denúncia de recebimento irregular de comissões por dois funcionários do Banco Central em operações de compra e venda de ouro.
Os funcionários Nelson Monteiro Lopes e Augusto Edilson Serrão Macedo foram denunciados pelo BC ao Ministério Público no final de abril. Eles são suspeitos de ter recebido comissão no valor de US$ 2 milhões.
Esse seria o valor total ganho pelos funcionários para fazer a intermediação na escolha de parceiros do Brasil para compra e venda de ouro. Um banco parceiro do BC em operações com ouro, com sede no Uruguai, é que comunicou a cobrança da comissão ao BC.
Lopes era operador da mesa de ouro e Forex (em que se realiza a compra e venda de moedas estrangeiras) do Banco Central em Brasília. Está aposentado desde o ano passado. Macedo estava licenciado do BC havia mais de 15 anos. Ontem, eles não foram encontrados pela Folha.
As irregularidades na mesa de ouro do BC aconteceram entre março de 1995 e agosto de 1996, segundo o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Gustavo Franco.
As operações revelam a prática, "em tese", dos crimes de corrupção ativa e passiva, de acordo com documento do Banco Central encaminhado à Procuradoria Geral da República.

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