São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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Teixeira pede basta às críticas

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, partiu para o contra-ataque no caso das arbitragens.
"Chegou a hora de um basta em acusações infundadas", afirmou. "Estão se desviando do assunto principal: a Conaf (Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol) e seu ex-presidente Ivens Mendes."
O presidente da CBF protestou por estar sendo, de acordo com ele, vítima de ataques injustos, juntamente com o secretário-geral, Marco Antônio Teixeira.
"Chega de agressão à CBF e a mim por pessoas que não têm qualidades morais para isso."
Duas vezes ele se recusou a dizer sobre a quem se referia. "Vocês sabem. Chegou o momento de dar um basta na balbúrdia."
O dirigente falou sobre sua convivência com Ivens Mendes.
"Quando se vive oito anos com uma pessoa, se sai da área profissional. Saíamos juntos para jantar, mas nada mais do que isso."
Teixeira anunciou que abrirá seu "extrato e sigilo bancário" para quem quiser investigar eventuais depósitos originários de manipulação de resultados.
"Mas só aceito para isso, não para divulgar outras coisas, sobre minha vida de empresário. Desde que haja respeito à individualidade, as contas estão abertas."
Sua declaração não tem valor legal. Seu sigilo precisaria ser quebrado pela Justiça ou por uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Teixeira ameaçou apelar à Justiça contra eventuais detratores. "Declaração ofensiva contra minha honra ou contra a CBF fará com que eu recorra ao jurídico."
Ele distribuiu cópias de documentos trocados entre a entidade, a Fifa e a FPF (Federação Paulista de Futebol) em janeiro e fevereiro.
A polêmica ocorreu em torno das experiências nas regras que a FPF desejava fazer e a Fifa proibiu.
Teixeira ironizou suposto desejo de Farah de sucedê-lo. "Em julho de 99, qualquer brasileiro nato deve se candidatar à presidência da CBF e conseguir votos."
Ele confirmou que vários clubes devem dinheiro à CBF. "Foram adiantamentos de direitos de TV."
Teixeira disse que aceitará mudanças na legislação esportiva se aprovadas pelo Congresso. "O que não aceito é lei militar."
(MM)

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