São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Dono da Sabra nega acusações a Maluf

'Era conversa de lavadeira'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O dono da Sabra Factoring, Manoel Moreira Neto, disse ontem, em depoimento à CPI dos Precatórios, que eram apenas "opiniões baseadas em leitura de jornais" declarações atribuídas a ele por senadores segundo as quais o ex-prefeito Paulo Maluf teria inventado o esquema dos precatórios.
"Era conversa de lavadeira, de botequim", disse Moreira Neto, tirando a credibilidade das declarações informais que fizera em 5 de maio a um grupo de senadores na Polícia Federal em São Paulo.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos participantes da conversa informal, entregou uma carta ao relator da CPI, senador Roberto Requião (PMDB-PR), comunicando os termos do depoimento de Moreira na PF.
Segundo Suplicy, Moreira disse que quem inventou o esquema dos precatórios foi "o chefe do chefe" do ex-coordenador da Dívida Pública de São Paulo Wagner Baptista Ramos -ou seja, Maluf.
Na CPI, Moreira disse também que "eram conversa de botequim" as declarações à PF de que o dinheiro dos precatórios era usado para pagar despesas de campanha, como santinhos e adesivos.
Pelas empresas de Moreira Neto passaram cerca de R$ 750 milhões dos recursos lavados pelo esquema dos precatórios, dos quais R$ 422 milhões foram enviados a bancos no Paraguai.

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