São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Manifestação pede punição à acusada

Paula chega cedo ao fórum e evita protestos

DA SUCURSAL DO RIO

Os manifestantes a favor da condenação de Paula começaram a se concentrar em frente ao fórum, em sua maioria, por volta de 10h. Às 8h55, Paula Thomaz chegou. Ela entrou por uma entrada lateral, rapidamente, sem manifestações.
Maria da Penha Nascimento Oliveira, 44, repetiu ontem um ato que, há meses, virou parte de sua rotina: participou de uma manifestação de mães pedindo a condenação de um dos acusados de matar Daniella Perez.
"Quando a dona Glória (Glória Perez, mãe de Daniella) precisa de alguma coisa, liga para a doutora Cristina (Cristina Leonardo, do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), que chama a gente", contou ela.
Penha é grata por ter conseguido aparecer, na novela "Explode Coração", de Glória Perez, com uma foto da filha, Maria Cristina Barbosa Moreira, que tinha 14 anos quando desapareceu, em julho de 1995. Até hoje, a menina está sumida.
Segundo ela, a família não apóia sua participação nas manifestações. "Mas eu tenho esperança, parada não posso ficar", disse.
Assim como Penha, outros parentes e amigos de vítimas de violência se aglomeraram ontem perto da sede do 1º Tribunal, tentando divulgar seus casos.
Outro que procurava o filho era Antônio Alves Pereira, 60, pai de Marco Antônio Alves Pereira, sumido em 10 de fevereiro do ano passado, aos 29 anos.
"Já fiz tudo o que tinha de fazer para tentar achá-lo", disse.
Chorando, Cacilda dos Santos Barbosa da Silva pediu justiça para o filho, Mário Lanza Barbosa da Silva, que morreu depois de ser sequestrado e incinerado, em 30 de março de 1989.

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