São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Atraso do inverno já preocupa os lojistas

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O atraso do inverno começa a preocupar os lojistas, que estão bem estocados com roupas para enfrentar o frio.
A coleção outono-inverno é comercializada em apenas três meses do ano -maio, junho e julho.
Assim, quanto mais o calor se estender, menos tempo o comércio terá para desovar os produtos.
"O atraso do frio já preocupa", diz Alexandre Brett, gerente-geral da VR, rede de sete lojas especializada em roupas masculinas.
Os lojistas que aguardam com mais ansiedade a vinda do frio são, sobretudo, aqueles que importaram boa parte da coleção e que tiveram de pagar à vista pelas peças.
A VR, por exemplo, comprou parte da coleção no exterior. Brett aposta, porém, que o frio chegue até o final do mês -ontem, a temperatura já caiu um pouco.
Para incentivar a venda dos produtos, a rede já prepara duas campanhas promocionais -uma para o Dia dos Namorados (junho) e outra para o Dia dos Pais (agosto).
A Camelo, que tem duas lojas de fábrica de roupas masculinas, informa que se o calor persistir as lojas vão antecipar as liquidações.
Para não perder vendas, conta Adriana Camelo, diretora, a empresa está exibindo nas vitrines os artigos de meia-estação.
Adriana diz que o atraso do frio já se deu em outros anos. Para não correr mais riscos com o acúmulo de estoques, a loja vem diminuindo o número de peças para o frio.
Para a Benetton, rede com 130 lojas espalhadas pelo país, o atraso do frio contribui para o crescimento de vendas menor do que o previsto para o mês.
A empresa se preparou para faturar neste mês 30% a mais do que em maio do ano passado. Até agora, esse aumento é de 18%, informa Mauro Voltolina, diretor.
Ele conta que, para este ano, a empresa preparou a coleção de inverno -em torno de 800 mil unidades- com peças mais básicas.
Para a Renner, loja de departamentos especializada em roupas, as vendas neste mês estão 17% maiores do que as de igual período de 96. "O que prevíamos está ocorrendo", diz José Galló, diretor-superintendente.

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