São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Teatro armado; Pauta permanente; Tranca arrombada; Linha cruzada; Tarefa difícil; Roteiro combinado; Hora da revanche; Pegando carona; Campanha mundial; Nova tentativa; Governo amarrado; Consulta pefelista; Fila de espera; Dura realidade; Canja federal; Visita à Folha

Teatro armado
Paulo Bernardo (PT-PR) diz que "vai acabar em pizza" a comissão de sindicância da Câmara que apura compra de votos na reeleição. Ele é membro da comissão. "A recusa de Serjão em depor mata a comissão. Deve-se partir para uma CPI já".

Pauta permanente
Em 26 de março de 96, Serjão se reuniu com FHC. Decidiram patrocinar ofensiva política para tentar aprovar a reeleição. O PFL, que queria deixar o tema para 97, abortou a operação poucas semanas depois.

Tranca arrombada
Avaliação da cúpula peemedebista: ao expulsar Ronivon Santiago e João Maia, o PFL deixou a Câmara sem saída. Terá de cassar o mandato dos dois. Mas abriu a porta para que seja pedida a punição dos corruptores.

Linha cruzada
Sérgio Motta (Comunicações) teve dificuldades para falar ontem com Severino Cavalcanti (PPB-PE), presidente da comissão de sindicância da Câmara que apura compra de votos. A ligação telefônica caiu três vezes.

Tarefa difícil
A oposição tem estratégia alternativa: tentar obter 258 assinaturas para a criação da CPI da compra de votos. Se conseguir, sua instalação é automática. Independe de haver vaga.

Roteiro combinado
Serjão foi aconselhado a não responder perguntas após o pronunciamento de anteontem. Para não correr o risco de dizer algo que agravasse a sua situação.

Hora da revanche
Condenada a pagar R$ 4 mil pelos prejuízos causados durante a invasão do Ministério da Agricultura, no ano passado, a Contag pediu desconto. Kandir (Planejamento) avisa: quer receber até o último centavo.

Pegando carona
Na esteira da denúncia de compra de votos na reeleição, sindicatos de funcionalismo público encomendaram 20 mil cartazes contra a reforma administrativa e pedindo "punição aos corruptos e corruptores".

Campanha mundial
A ONG suíça SOS Tortura quer que 10 mil pessoas mandem fax para FHC pedindo rigor na apuração da morte do índio pataxó.

Nova tentativa
Paulo Paiva instala terça outro grupo de trabalho para tentar unificar índices de desemprego. Prazo para conclusão: dois anos.

Governo amarrado
O PFL, que apoiou Collor até pouco antes do impeachment em 92, sabe que a falta de sustentação no Congresso é mortal em uma crise. Por isso, aconselhou FHC a agradar ao PMDB. O Planalto engole dois ministros (Padilha e Iris) que nunca quis.

Consulta pefelista
ACM fez a sondagem final a Iris Rezende (PMDB-GO). Segundo justificou o baiano, o Planalto "não escolheria alguém (para ministro da Justiça) que não fosse da conveniência do presidente do Senado".

Fila de espera
Os suplentes de Ronivon Santiago e de João Maia, ambos do PFL do Acre, são os pepebistas João Tota e Emílio Assmar.

Dura realidade
Após dar o milésimo título de propriedade a Francisco Souza, FHC disse que no projeto de irrigação de Japi (MG) "todo mundo" tem escola. Souza afirmou, porém, que os filhos estão fora da escola porque ela fica longe.

Canja federal
Terminada a invasão do Ministério do Planejamento, a perícia contabilizou um ganho: uma galinha no gabinete de Kandir.

Visita à Folha
O presidente do conselho superior de administração e do banco Bradesco S/A, Lázaro de Mello Brandão, visitou ontem o Centro Tecnológico Gráfico-Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Edson Borges, membro do conselho superior de administração, e de Romulo Nagib Lasmar, diretor de Marketing.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do tucano Tuga Angerami (SP), dizendo por que assinou a proposta de CPI para apurar compra de votos na reeleição:
- A CPI não é uma exigência política, é uma exigência moral. Essa comissão de sindicância da Câmara pode servir para apurar tapas entre deputados no plenário, mas não para investigar corrupção nos porões do governo.

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