São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Viagens são armas de motivação

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de dar duro no trabalho, aumentando a produtividade e batendo todas as metas, chega a recompensa: uma viagem, com tudo pago -passagens, hotel, refeições, passeios e presentinhos.
Batizados de viagens de incentivo, esses programas, que crescem 12% ao ano nos Estados Unidos, conquistam cada vez mais as empresas brasileiras, de acordo com Geraldo Rocha Azevedo, 34, da Rocha Azevedo, empresa especializada em campanhas desse tipo.
"É uma tendência mundial", diz. O investimento nos funcionários não é à toa: "Trata-se de uma ferramenta fundamental para motivar as pessoas, que tendem a atuar de maneira mais eficaz".
Lívio Holzamann, 38, outro especialista no assunto, afirma que "é um programa ótimo para aumentar qualidade e produtividade". Gerente operacional da Alcântara Machado, diz que a fórmula utilizada varia conforme a empresa e o público atendido.
Prêmio duplo
No caso da IBM, o prêmio é mais direcionado para o pessoal de vendas. É preciso bater uma meta mínima para ganhar uma viagem -em 96, 500 foram aos EUA.
"Os que passam bastante da meta mínima tem direito a uma segunda viagem", diz Carlos de Azevedo, 47, gerente de incentivos.
José Carlos Santos, 27, gerente de projeto, se diz animado com a perspectiva de ganhar a viagem para Roma, em janeiro de 98.
"Essas campanhas realmente atendem o objetivo, que é de motivar todas as pessoas. Adoraria ir para lá. Estou empenhado nisso."
Alexandre Barbosa, 37, diretor comercial da Lotus (empresa de software), passou uma semana no Havaí, no mês passado, depois de bater a meta internacional de comercialização. "É a melhor forma de a empresa dizer obrigado pelo esforço do funcionário."
Desempenho excepcional
Assim como na Lotus, na American Express a concorrência é entre vários países. O programa de viagens de incentivo existe desde 1987. De lá para cá, apenas cinco brasileiros foram premiados.
"Eles passam quatro dias em Nova York, onde são homenageados na sede mundial da empresa", explica Idaty Munhoz, 40, gerente de relações com os empregados.
Maria Aparecida de Oliveira, 31, se destacou por bom atendimento ao cliente. Embarca em junho para os EUA. "Resolvi uma situação delicada e difícil para um cliente que nem era brasileiro."
Na Gessy Lever, para obter o prêmio também é preciso ter um desempenho excepcional -no caso, uma meta que inclui produtividade e resultado de vendas. As divisões da empresa têm autonomia para conceder ou não a viagem.
O prêmio é dado, em 80% das vezes, para a área de vendas e clientes, explica Pedro Wertheimer, 41, gerente do departamento de viagens. "O impacto criado pela viagem é sempre positivo", garante.

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