São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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'Shows foram aprovados'

FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Eduardo José Farah, 63, dirige a FPF desde janeiro de 88.
Ex-dirigente do Guarani, critica a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por onde também passou, afirmando que não mudará as datas do quadrangular final.
"Não mudo uma vírgula. A CBF disse que tínhamos até 1º de junho para realizar o campeonato e marcou o embarque dos convocados para 25 de maio", disse.
Farah até dá um "conselho" para os clubes conseguirem a liberação de um atleta convocado. "Faz de conta que ele está contundido. Isso faz parte", declara.
(FSx)
*
Folha - Qual a avaliação do senhor em relação ao Campeonato Paulista?
Eduardo José Farah - Bom campeonato. Média de gols superior a três. Média de bola rolando superior a 65 minutos. Aumento de público de 40% nos estádios. Em termos de dinheiro, de renda, vamos superar os valores de 96, mesmo levando em consideração que tivemos, em 97, um preço menor nos ingressos.
Folha - Foi positiva, então?
Farah - Positiva. Considerando ainda que nós fizemos experiências inéditas e tivemos que aprender com elas. Nunca me passou pela cabeça que pudéssemos distribuir 200 mil lanches e 400 mil refrigerantes nos estádios. Apenas duas pessoas reclamaram.
Folha - Não houve problema na distribuição de Coca-Cola no Morumbi, que tem contrato com a Brahma?
Farah - Não tivemos problema em nenhum estádio. No Morumbi foi distribuído Brahma, no Parque Antarctica foi distribuído Antarctica.
Folha - A promessa do estacionamento gratuito aos torcedores, com seguro, foi parcialmente cumprida...
Farah - Nós fizemos o estacionamento. Colocamos 2.500 vagas no Morumbi e a utilização foi baixa, não chegou a 250 veículos. Colocamos 1.200 vagas no Parque Antarctica e o total utilizado não chegou a 200. Então nós cancelamos o estacionamento até achar uma forma mais adequada.
Folha - O senhor acha que o problema aconteceu por falta de costume?
Farah - Por falta de hábito. O torcedor precisa se habituar a parar mais longe dos estádios. Em 98, vamos delegar aos clubes, para que eles façam os projetos de estacionamentos.
Folha - E quanto aos shows?
Farah - Os shows foram aprovados, sem dúvida nenhuma. Realizamos todos os shows prometidos, mais de 30. Todos foram importantes. Em Ribeirão Preto, um jogo de expectativa de 10 mil, 12 mil torcedores, teve 30 mil pagantes por causa de um show de Sandy e Júnior. Os shows continuarão.
Folha - Outra experiência foi a de bancar reforços para as equipes...
Farah - Este ano trouxemos o Paulinho McLaren para a Portuguesa, o Branco para o Mogi... Para o Paulistão de 98 vamos mudar o direcionamento dessa ajuda aos clubes. Vamos ajudar especificamente só os times do interior a trazerem alguns jogadores.

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