São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Preso filho do presidente sul-coreano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O filho do presidente sul-coreano, Kim Young-sam, foi preso ontem acusado de tráfico de influência e enriquecimento ilícito.
Kim Hyun-chul, 37, teria recebido comissão de US$ 3,6 milhões de dois ex-colegas de escola, um deles diretor de uma construtora. Ele teria favorecido o amigo com uma concessão de TV a cabo.
Kim também é suspeito de ter sonegado impostos no valor de US$ 1,5 milhão por presentes que recebeu de empresas e que foram omitidos de sua declaração de renda. A lei sul-coreana prevê até prisão perpétua por evasão fiscal.
Em comunicado oficial, o presidente pediu "punição severa" para os envolvidos no escândalo.
"Isso reflete a intenção do presidente Kim de não abrir exceções. De agora em diante, ele punirá todos aqueles que estiverem envolvidos em corrupção, de acordo com a lei e independentemente de status ou posição social", disse o comunicado.
Kim Young-sam foi eleito chefe de Estado com uma plataforma que prometia banir a corrupção. Desde janeiro, o governo vem sendo acusado de favorecimentos a empresas privadas, com o filho do presidente como pivô em pelo menos dois casos.
Três funcionários do alto escalão do governo estão sendo processados por ter participado da falência fraudulenta de uma siderúrgica.
Até agora não há provas de que Kim Young-sam sabia das atividades do filho. Promotores investigam o paradeiro de US$ 16 milhões pertencentes a Kim Hyun-chul, parte dos quais pode ser sobra da campanha presidencial de 1992.
A oposição pediu a abertura das contas de campanha, já que Kim Hyun-chul comandou a arrecadação de fundos.
Protestos
Polícia e estudantes se enfrentaram ontem na cidade de Kwangju na véspera do aniversário de um massacre do Exército que matou mais de 200 pessoas em 1980.
Naquela ocasião, protestava-se contra a lei marcial imposta pelo governo. Dois ex-presidentes, Chun Doo Hwan e Roh Tae-woo, responsáveis por ordenar o massacre, estão presos.

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