São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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Fed mantém juros e Bovespa sobe 1,28%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro nacional respirou aliviado ontem com a decisão do banco central norte-americano de manter inalterados os juros básicos nos EUA. Em São Paulo, os juros e o dólar no mercado futuro recuaram e a Bolsa fechou com alta de 1,28%.
A decisão do Federal Reserve derrubou a tese que prevalecia até o dia anterior, quando investidores e analistas prognosticavam nova rodada de alta dos juros básicos, que já tinham subido em março.
Com a manutenção das taxas, o mercado de ações de Nova York ganha novo fôlego e pode retomar a trajetória de alta.
Foi o que ocorreu ontem, quando o índice Dow Jones, que acompanha as principais ações negociadas e caía 30 pontos, mudou de sentido e encerrou a sessão com alta de 1% com relação à segunda.
A decisão demonstra ainda que o Fed vai continuar monitorando o ritmo de crescimento da economia e a evolução dos índices de preços antes de decidir agir.
No primeiro trimestre do ano, o PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano estava crescendo a uma taxa anual de 5,6%. Segundo analistas, essa taxa deve cair pela metade no segundo trimestre.
A próxima reunião do comitê do Fed está marcada para os dias 1º e 2 de julho, quando novamente será avaliada a política monetária do Federal Reserve.
Juros e dólar
Nos negócios da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dia foi de alívio, com os juros e as cotações do dólar recuando.
No caso dos negócios com dólar para entrega em setembro, por exemplo, a queda foi de 0,12%.
Enquanto isso, os juros projetados para agosto, por exemplo, recuaram de 1,74%, na segunda-feira, para 1,70%, ontem.
Copom e CMN
Hoje nova decisão, desta vez do Copom (Conselho de Política Monetária), deve ditar o ritmo dos negócios do mercado financeiro.
Os reflexos, no entanto, só serão sentidos amanhã, já que as decisões só devem sair à noite.
Segundo operadores, o Copom deve decidir manter a TBC em 1,58% para o mês de junho.
A outra possibilidade seria de uma pequena queda, de no máximo 0,2 ponto percentual.

E-mail: mercado@uol.com.br

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