São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Escola técnica terá mais 75 mil vagas
DANIELA FALCÃO
O aumento no número de alunos matriculados terá início já em 98 quando começam a vigorar as modificações da reforma do ensino técnico promovida pelo MEC. Uma das alterações mais polêmicas é a que estipula que as escolas técnicas federais destinem 50% de suas vagas ao ensino de 2º grau, com matrícula independente da formação profissional. Hoje, todos os alunos das escolas técnicas têm de frequentar também as cadeiras profissionalizantes, embora 60% optem por prestar vestibular ao fim do curso. "As escolas técnicas federais têm um ensino de alto nível. Embora sua função primordial seja a de formar técnicos, elas são muito disputadas pelos alunos que querem entrar nas universidades. Não há nada de errado nisso, mas temos de dar chance aos alunos que realmente querem ter uma formação técnica de cursar essas escolas também", afirmou o ministro Paulo Renato Souza (Educação). Para isso, o MEC editou portaria na semana passada que permite a alunos oriundos do supletivo cursarem as disciplinas profissionalizantes nas escolas técnicas federais e obter o diploma de técnico de nível médio. Os estudantes que estão fazendo o 2º grau em escolas regulares poderão fazer o mesmo. Como só metade dos alunos das escolas técnicas estarão cursando as disciplinas profissionalizantes, vai sobrar vagas nos laboratórios. As mudanças desagradaram as lideranças estudantis. Segundo elas, as reformas do MEC desvinculam o ensino médio do ensino técnico e estariam formando "apertadores de parafusos". O ministro Paulo Renato afirmou ontem durante almoço promovido pela Fundação Konrad Adenauer, em Brasília, que as críticas eram "bobagens". Biblioteca Ontem, em São Paulo, a Secretaria de Estado da Educação formalizou uma parceria pela qual a Petrobrás levará suas bibliotecas volantes a 58 escolas estaduais ainda este ano. Serão atendidos cerca de 47 mil alunos. O programa, chamado Leia Brasil, existe desde 1992. É composto de 12 caminhões-biblioteca e já cobre escolas no Rio, Minas, Bahia e Sergipe -atingindo uma população potencial de 370 mil estudantes por mês e 14 mil professores. O acervo é de 186 mil volumes, com 8.000 títulos selecionados pela Fundação Biblioteca Nacional. Cada caminhão, além de ter capacidade para 15 mil livros, também tem videoteca, cujos vídeos podem ser exibidos no local. Texto Anterior: Comissão diz que soro foi contaminado em empresa Próximo Texto: Casa em Paris recebe verba Índice |
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