São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997![]() |
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França ameaça congelar bens de Mobutu
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A França disse ontem que pode vir a congelar os bens do ex-ditador Mobutu Sese Seko no país, mas que o deixaria entrar para realizar tratamento médico.O primeiro-ministro do país, Alain Juppé, perguntado em entrevista a uma TV se o governo iria congelar os bens de Mobutu, disse: "Nós usaremos a lei conforme formos incitados a fazê-lo". A Suíça já havia congelado todos os bens de Mobutu e de sua família no país. O ministro da Cooperação da França, Jacques Godfrain, porém, indicou que o país aceitaria receber o ex-dirigente zairense para tratamento médico. "Não houve nenhum pedido à França. E, como ninguém fez qualquer pedido, nós não podemos apresentar uma decisão sobre algo que não existe. Mas esperamos que ele possa ter todo o tratamento de que uma pessoa doente precisa", afirmou o ministro. Mobutu, que tem câncer de próstata, já passou diversas temporadas no país se submetendo a tratamentos médicos. O ex-ditador abandonou o poder oficialmente na última sexta, quando foi de Kinshasa (a capital do então Zaire) para seu palácio em Gbadolite, norte do país. No domingo, segundo a "Reuter", Mobutu saiu de seu refúgio em direção ao Togo (país da costa ocidental da África), onde permanece até hoje. Tudo indica, porém, que a estada do ex-ditador no pequeno país africano é provisória. Cogita-se que Mobutu se refugie definitivamente em Marrocos ou na França. Ontem, rumores davam conta de que o ex-presidente iria viajar para o Chade (centro-norte da África). Aliados Dezenas de seus auxiliares partiram ontem de Lomé em direção à capital do Chade, Ndjamena, segundo a "France Presse". A agência de notícias disse que o país estaria disposto a receber o ex-presidente zairense. Segundo as fontes citadas pela "France Presse", o marechal Mobutu iria se reunir a seus auxiliares quando seu estado de saúde permitisse. O marechal está hospedado no palácio presidencial do Togo, confirmou ontem o chanceler do país, Koffi Panou. Texto Anterior: Uganda não quer eleição já Próximo Texto: Diáspora volta ao país Índice |
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