São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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ACM pede o fim de "balbúrdia" das invasões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, afirmou ontem que a invasão de terrenos baldios recomendada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) é "crime contra a segurança nacional".
"Evidentemente, o governo tem que agir", afirmou ACM. "Temos que acabar com essa balbúrdia", completou ele, minutos depois, em seu discurso a empresários da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Anteontem, o principal dirigente do MST, João Pedro Stedile, previu novos choques entre sem-terra e policiais. Também aconselhou a ocupação de terrenos baldios que servem à especulação imobiliária, para pressionar o governo.
Segundo ACM, essa não é a maneira adequada de conseguir alguma coisa. "É tumultuar o processo, que pode ter uma boa solução", declarou.
Reforma
Diante dos empresários, ACM também culpou o governo pelo atraso na votação da reforma tributária e criticou a forma como foi votada a reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados.
"Se a reforma tributária não foi votada até agora é porque o governo não tem interesse de votar", afirmou o senador.
"O governo tem mais interesse em votar o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal)", acrescentou.
Segundo ACM, o Senado vai fazer um trabalho mais eficiente na apreciação da reforma da Previdência do que o feito pela Câmara. Ele afirmou que há falhas em várias emendas dos deputados.

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