São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Deputado diz ser 'político sensível'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O deputado licenciado Chicão Brígido (PMDB-AC) interrompeu ontem seu expediente na Secretaria Especial de Representação Política e Cidadania de Rio Branco (AC) para tratar do joelho esquerdo -machucado em uma partida de futebol- no serviço médico da Câmara.Chicão é um dos deputados acusados de ter recebido dinheiro para votar a favor da reeleição. Apesar de a comissão de sindicância ter recomendado a abertura de processo para cassação do seu mandato, o deputado aparentava tranquilidade. "A Câmara me conhece e não vai cometer a injustiça de cassar o meu mandato", afirmou. "Ah, se todo o político desonesto fosse como eu: uma pessoa simples, que não tem nada. Veja só, dizem que eu tenho um Vectra zerinho e eu tenho só um Astra 95." Um Astra fabricado em 95 custa cerca de R$ 20 mil. O deputado informou que o carro foi financiado pelo IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas). "Eu sou um dos políticos mais populares e mais sensíveis deste país", afirmou Chicão. "Fui vice-líder do Michel (Temer, presidente da Câmara) e nunca pedi um bombom", completou. Ele disse que não quer nem ouvir falar de Ronivon Santiago, deputado que renunciou ao mandato. Relator O deputado Almino Affonso (PSDB-SP) foi indicado ontem relator do processo de cassação de Brígido e dos deputados Zila Bezerra (PFL-AC) e Osmir Lima (PFL-AC). Ele foi escolhido pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Texto Anterior: Motta ocupa posição de destaque em solenidades Próximo Texto: 'Não renuncio a nada', diz Zila Índice |
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