São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Prefeitos debatem soluções conjuntas
WILSON TOSTA
Um dos problemas mais citados foi o do transporte urbano de massas que, em algumas cidades, se aproxima da inviabilidade, segundo alguns dos debatedores. "De 1º de janeiro de 1997 a três anos, o número de carros da região metropolitana do Recife terá aumentado 50%, o que significa parar a capital", disse o prefeito de Recife, Roberto Magalhães (PFL). O pefelista participou do último painel do encontro, "A Gestão das Grandes Cidades", com os prefeitos Luiz Paulo Conde (Rio), Raul Pont (Porto Alegre), Cássio Taniguchi (Curitiba) e Antônio Imbassahy (Salvador), e com o governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque. O 9º Fórum Nacional, promovido pelo Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos) e realizado na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio, terminou ontem. Outro ponto de convergência foi em torno da precariedade da situação financeira em que se encontra a maioria das cidades brasileiras. "A folha de pagamento da Prefeitura do Recife cobre 61% do orçamento", afirmou Magalhães. Antônio Imbassahy (PFL) disse que deve ser feito um ajuste fiscal nas prefeituras. Ele também mostrou preocupação com a degradação urbana. Para resolver os problemas fiscais das prefeituras, Raul Pont (PT) considerou "mais fácil" o caminho de demitir e enxugar a máquina, mas explicou que o PT, partido a que pertence, não seguiu essa receita em Porto Alegre. "Quando chegamos ao governo, em 1989, graças a um aumento concedido pelo prefeito anterior após a derrota eleitoral, a folha comprometia o orçamento em 104%", contou. Pont considerou como um dos grandes problemas brasileiros a "guerra fiscal" em que Estados e municípios disputam empresas, usando como armas isenções de impostos e outros incentivos. "O governo do Rio Grande do Sul deu R$ 253 milhões para a General Motors", afirmou. "Como vai convencer as pessoas de que não tem dinheiro?" Cássio Taniguchi lembrou que Curitiba, apesar dos avanços, tem pobreza e favelas e concentra, em sua região metropolitana, 2,5 milhões de habitantes. Texto Anterior: Câmara trabalha na 2ª para 'salvar' Maluf Próximo Texto: Rocco relança Fagundes Telles Índice |
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