São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Federação faz seguro para atletas
RODRIGO BERTOLOTTO
Isso porque a FPF (Federação Paulista de Futebol) anunciou que fez seguro, por acidente e morte, de todos os atletas das duas divisões estaduais. A entidade vai pagar aproximadamente R$ 50 mil mensais à companhia seguradora francesa AGF. A maioria dos atletas da A-2 e A-3 ganham de um a três salários mínimos. Jogando, eles ganham por volta de R$ 360. Contundidos, podem chegar a ganhar R$ 2.700 ao mês -o pagamento diário da seguradora ao atleta é de R$ 90. "Muitos jogadores podem querer simular uma contusão para aumentar seus dividendos. Mas a seguradora irá investigar tudo", afirma o médico Osmar de Oliveira, idealizador do projeto. Em caso de morte, a família do futebolista receberá de R$ 30 mil a R$ 100 mil. Segundo Oliveira, o jogador com teste antidoping positivo ou suspenso não terá direito ao seguro. O jogador que incitar a violência também. "Se o jogador provocar a torcida e levar uma pedrada, não terá a cobertura do seguro." Na Espanha e na Itália, os grandes clubes fazem seguro de seus jogadores. Dessa forma, quando eles se contundem, a seguradora paga o salário. Segundo Eduardo José Farah, presidente da FPF, o seguro pode ser em 1998 implantado também na Série A-1 do Paulista. Outra idéia é a criação de um seguro-saúde que garanta assistência médica em hospitais privados para os atletas. Na primeira divisão estadual, o Corinthians já tem plano de saúde para seus jogadores, e o São Paulo está estudando implantar um. O sindicato dos jogadores profissionais foi consultado antes da aplicação da FPF. O ministro dos Esportes, Pelé, saudou a medida. "Havíamos discutido no ministério. São Paulo saiu na frente", disse ele. (RODRIGO BERTOLOTTO) Texto Anterior: Sorteio tem alta produção Próximo Texto: Converter clube em empresa não é boa coisa... Índice |
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