São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997 |
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Oposição convoca passeatas pela CPI Estratégia inclui garantir defesa a envolvidos DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Levar para as ruas das principais capitais a proposta de criação da CPI para investigar a compra de votos a favor da emenda da reeleição e argumentar que sem a Comissão Parlamentar de Inquérito o Congresso pode cassar deputados inocentes e manter impunes dois réus confessos.Essa é a tática que a oposição vai adotar para enfrentar o esvaziamento do Congresso programado pelos líderes governistas e conseguir as assinaturas para o requerimento que permitirá a votação urgente do projeto de criação da CPI. A oposição precisa reunir 257 assinaturas para votar o requerimento de urgência. Na sexta à noite, tinha apenas 168 assinaturas. "A mobilização é para não deixar ninguém esquecer que só investigando evitaremos a impunidade de todos os envolvidos nesse escândalo", disse o líder do PT na Câmara, José Machado. O bloco da oposição (PT, PDT, PSB, PC do B) vai argumentar que sem a CPI o Congresso pode cometer um erro histórico e contribuir para a impunidade. A avaliação é que os dois réus confessos, os deputados acreanos Ronivon Santiago e João Maia, renunciaram, podem se reeleger e se tornar exemplos de impunidade. Em contrapartida, os três parlamentares que a comissão de sindicância recomendou cassar -Zila Bezerra (PLF-AC), Osmir Lima (PFL-AC) e Chicão Brígido (licenciado PMDB-AC)- podem perder os mandatos sem que uma CPI investigue em profundidade o grau de envolvimento deles. Santiago e Maia disseram, em gravações divulgadas pela Folha, que venderam seus votos a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil e afirmaram que Zila, Osmir e Chicão também se venderam. Além da manifestação em Brasília, na terça, a oposição já programou atos públicos para o Rio, São Paulo e Curitiba. No Rio, o deputado Carlos Santana (PT-RJ) quer levar uma pizza gigante, de dois metros. Cada pedaço leva o nome dos deputados da bancada do Rio que não assinaram a proposta de abertura da CPI. São Paulo terá uma caminhada e um buzinaço. Em Curitiba, a semana começa com faixas nas avenidas com os nomes dos parlamentares da bancada paranaense que também não assinaram a CPI. Texto Anterior: Depois da Vale, a Petrobrás Próximo Texto: Brindeiro segura ações contra o governo Índice |
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