São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997
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Custo de nova sede é R$ 50 mi

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Três meses após ser nomeado, em 95, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, revogou licitação de R$ 5,7 milhões para a construção da nova sede do órgão e encomendou novo projeto, orçado em R$ 50 milhões, ao arquiteto Oscar Niemeyer.
O ex-procurador da República Aristides Junqueira tinha iniciado a licitação cinco dias antes da posse de Brindeiro, em junho de 95.
"A nova sede era apenas um anexo ao prédio atual que atendia às nossas necessidades na época", disse Junqueira.
Segundo ex-funcionários da procuradoria, o novo projeto aumentou seis vezes a área da futura sede.
A construção da nova sede, localizada perto da praça dos Três Poderes, provocou atrito entre os principais responsáveis pelo projeto de Brasília, o arquiteto Niemeyer e o urbanista Lúcio Costa.
Isso porque o projeto prevê a construção de duas torres circulares de 38 e 48 metros, ambas com 60 metros de diâmetro.
Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa, reclamou ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que o projeto prejudica a visão dos principais monumentos da cidade, a praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios.

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