São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997 |
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Dez golpes de mestre no sistema financeiro 1 - "Esquenta-esfria" Operação acertada entre alguém interessado em "esquentar dinheiro" (legitimar receita de origem ilícita) e alguém interessado em "esfriar dinheiro" (reduzir ganhos elevados para pagar menos imposto). Negócios combinados em Bolsa podem criar falsos lucros para o primeiro e perdas artificiais para o segundo 2 - "Zé-com-zé" Para subir ou baixar artificialmente os preços nas Bolsas, o manipulador opera com ele mesmo, por meio de empresas de sua propriedade ou intermediários ("laranjas") 3 - "Mata-mata" Prática irregular atribuída ao Banco do Brasil: retenção de novo financiamento agrícola a usuários, a título de quitação de débitos anteriores 4 - Fora da ordem Corretora deixa em branco ordem de um cliente e altera depois o nome do comprador ou vendedor para fugir de um prejuízo ou auferir um ganho de terceiros 5 - Desvio de rota Simulação de financiamento para aquisição de máquinas agrícolas que já pertenciam aos beneficiários. Os recursos vão para outra finalidade 6 - "Front running" Alguém com informação antecipada de uma grande transação que modificará os preços do mercado ganha dinheiro com a informação: adquire ação que deverá ser afetada 7 - Operação "casada" Para inflar balanços, instituições fazem depósitos entre si no último dia do mês 8 - Importação fantasma Para remeter dólares ilegalmente ao exterior, é simulada uma importação a partir de empresa fictícia num "paraíso fiscal" 9 - Contrato de gaveta Acordo paralelo que prevê remuneração a taxas diferentes das permitidas pela legislação. Em períodos de inflação elevada, o acerto era feito com base no câmbio 10 - Operação triangular Para tentar driblar a legislação que veda empréstimo a empresa do mesmo grupo, o banco A faz depósito no banco B que "empresta" os recursos a empresa ligada ao primeiro Texto Anterior: Falta de rigor favorece impunidade Próximo Texto: Para instituições, práticas eram normais Índice |
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