São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997 |
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Técnico utiliza 'walkie-talkie'
VALMIR STORTI
Cercado de seguranças, Luxemburgo sentou-se entre dois pilares, ao lado do supervisor Marco Aurélio Cunha, e passava instruções ao banco de reservas por um walkie-talkie, escondido sob o terno. Luxemburgo cochichava, destoando de dezenas de "técnicos-torcedores" que tentavam acertar o Corinthians aos gritos. Ficou estático ao ver o volante Romeu roubar a bola no meio-campo e deixar Gilmar livre para fazer o quarto gol adversário. Após o gol, Luxemburgo bateu três vezes o pé no banco à sua frente e disse um inaudível palavrão. Calmo, fingiu não ouvir as provocações de um corintiano com uma touca de lã branca e preta que gesticulava e gritava "eliminado". Outros passaram a gritar "timinho", contar de 1 a 13 e a cantar "Parabéns para você" -em alusão ao tempo que o Santos não vence o Campeonato Paulista. Não comemorou o gol santista. Mandou o time jogar na esquerda. Só aos 44min olhou o relógio que usava no braço direito. Dois minutos depois, foi para o vestiário, antes do final da partida. No caminho, um torcedor com um chapéu escrito "Timão" perguntou sorrindo: "O que aconteceu com o Luxemburgo que ele já está indo embora?" Texto Anterior: Gilmar faz primeiro gol Próximo Texto: Pendurados do Corinthians não recebem cartões Índice |
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