São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Satélite interliga redes da Antarctica

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A comunicação por satélite está virando moda entre grandes empresas brasileiras que possuem unidades espalhadas pelo país.
Apesar do alto custo de implantação e manutenção, o satélite tem se mostrado um meio mais confiável, capaz de eliminar o problema da precariedade das linhas telefônicas, principalmente em localidades distantes.
A Cia. Antarctica Paulista, recentemente, inaugurou sua rede corporativa por satélite, que irá interligar suas 29 unidades.
Controle on line de estoques e pedidos e agilidade nas decisões estratégicas são alguns dos motivos que levaram a Antarctica a optar pelo uso do satélite.
Segundo Antônio Marques de Souza, diretor de desenvolvimento organizacional do grupo, essa rede faz parte de um projeto iniciado há três anos, que implantou redes locais utilizando cabeamento de fibra óptica em prédios da empresa distribuídos por 29 localidades diferentes.
"Esse projeto, que deve consumir US$ 10 milhões até o final deste ano, implantou 29 redes locais, mas faltava uma interligação para transformar essas redes em uma verdadeira rede corporativa", diz Souza.
Dados e voz
Para executar a transmissão de dados e voz entre suas unidades, a Antarctica decidiu utilizar os serviços e equipamentos da GSI, empresa do grupo IBM, especializada na implantação de sistemas de comunicação via satélite.
A utilização de um serviço de satélite engloba duas partes. A primeira é o aluguel de um ou mais canais de satélite fornecidos pela Embratel.
A segunda é a contratação de uma empresa para a execução do projeto da rede de comunicação, a implantação da infra-estrutura e a operação do sistema.
A Antarctica espera gastar US$ 15 milhões nos próximos cinco anos com a manutenção de seu sistema de comunicação por satélite.
Além de interligar mais de 2.000 computadores distribuídos entre as áreas de produção, comercial, administrativa e de marketing do grupo, o sistema permitirá a utilização de dois a quatro canais de voz por localidade.
"Calculamos que algo entre 30% e 40% desse total será economizado na eliminação dos gastos com chamadas interurbanas, que agora serão feitas pelo canal do satélite", diz Souza.
A segunda fase do projeto será a implantação de aplicativos de trabalho em grupo dentro da rede.
Primeiramente, será implantado um sistema de correio eletrônico baseado no "Lotus Notes", que irá evoluindo até se transformar em uma intranet (rede corporativa com tecnologia de Internet).
"Nosso objetivo é permitir que qualquer funcionário tenha acesso a formulários-padrão, regras de procedimento e comunicados da empresa, utilizando navegadores como o 'Internet Explorer' ou o 'Netscape Navigator'."
A terceira fase do projeto será utilizar a rede mundial para agilizar a distribuição de bebidas.
O sistema vai permitir que qualquer cliente cadastrado em um distribuidor Antarctica possa solicitar entregas de produtos, utilizando um formulário dentro do site da empresa na Web.

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