São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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Votação da Frente Nacional atrapalha a direita

MARTA AVANCINI
DE PARIS

A dianteira da esquerda e a votação da Frente Nacional, partido de extrema direita, tornam difícil prever qualquer resultado do segundo turno.
Se a expectativa de uma votação em torno de 15% se confirmar, a Frente Nacional estará presente em pelo menos cem distritos no segundo turno.
A forte presença da Frente Nacional no segundo turno se explica pelo nível de participação dos eleitores na primeira etapa das eleições, em torno de 69%.
Isso reforçou a "dispersão" dos votos e favoreceu o desempenho dos candidatos da ultradireita e dos pequenos partidos.
São duas as consequências de uma forte presença da Frente Nacional no segundo turno.
Em primeiro lugar, a disputa fica mais difícil para os candidatos dos grandes partidos. Em um segundo plano, a coalização RPR-UDF tende a ser prejudicada, porque o eleitorado da Frente Nacional é originário principalmente da direita.
O Centro de Estudos sobre a Vida Política Francesa estima que 50% dos eleitores do grupo são antigos eleitores dos partidos de direita tradicionais.
(MA)

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