São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997 |
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País cultua legado chinês e modernidade
VIVALDO DE SOUSA
Situada a 160 km da costa sul da China, Taiwan é um país cada vez mais interessado em receber visitantes. Apesar de manter relações diplomáticas com apenas 29 países e ter escritórios comerciais em outros 91 -é o caso do Brasil-, Taiwan é um país em busca de uma saída para o seu isolamento. A abertura é clara, mas a sociedade adapta-se lentamente à idéia de receber estrangeiros. Exemplo: quem não fala chinês tem de tomar cuidado quando andar de táxi em Taipé, a capital. A maioria dos motoristas fala apenas o mandarim. É bom ter o nome e o endereço do hotel anotados para emergências. Quem chega pelo aeroporto Chiang Kaishek percebe, já no caminho para Taipé, que o governo está realizando diversas obras de modernização no país. O objetivo é melhorar o trânsito -caótico nas horas de rush- e facilitar o transporte rodoviário. A liberdade econômica permitiu ao país construir uma boa rede hoteleira, com acomodações confortáveis e adequadas para turistas ou executivos de diversos países. Hoje, Taiwan está investindo para tentar ser no próximo século o centro de operações empresariais para a Ásia e o Pacífico nas áreas de telecomunicações, transportes, finanças e manufaturados. A ilha foi ocupada em 1949 pelo general Chiang Kaishek, depois da implantação do regime comunista no continente, a República Popular da China. Integrante do grupo dos tigres asiáticos, Taiwan realizou no ano passado as suas primeiras eleições presidenciais, vencidas pelo partido do governo. Lee Teng-hui foi mantido como presidente do país. Ameaça comunista As eleições foram marcadas por um clima de ameaça militar por parte do governo comunista. Apesar disso, Taiwan e a China discutem uma proposta de reunificação. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 241 bilhões, Taiwan produz basicamente para exportação. É comum encontrar hoje, em qualquer Estado brasileiro, produtos "made in Taiwan", especialmente brinquedos. As exportações do país giram em torno de US$ 100 bilhões. Máquinas, produtos elétricos, eletrônicos e têxteis representaram mais de 50% dessas vendas, principalmente para os EUA e Hong Kong. As pequenas e médias empresas são responsáveis por aproximadamente 40% da produção industrial do país. Em 95, elas geraram 70% dos empregos, segundo o Ministério dos Negócios Econômicos. Os dados oficiais dizem que o índice de analfabetos é de apenas 6% para uma população de 21,48 milhões de pessoas. São nove anos de educação obrigatória, seis de escola primária e três de secundária. LEIA MAIS sobre Taiwan na pág. 7-7 Texto Anterior: Kuala Lumpur ergue templo empresarial Próximo Texto: Parque tem minicidades Índice |
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