São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997 |
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Aluna leva bolada em aula e morre Menina estava com caneta na boca JOSÉ MASCHIO
A avó da garota disse que houve omissão de socorro. O secretário municipal de saúde de Maringá, Ivan Murad, 39, nega a denúncia. Flávia levou uma bolada na aula de educação física, às 8h40 de anteontem, na Escola Estadual Dirce Aguiar Maia, que fica na zona sul de Maringá. Ela estava com uma caneta na boca. Com o impacto da bolada, a estudante teve o seu palato mole (céu da boca) perfurado. A estudante morreu no mini-hospital municipal, na zona sul de Maringá. Sua avó, Nair Rodrigues da Silva, disse que "houve omissão de socorro, pois durante o tempo em que ficou no hospital a menina não foi tratada". A secretária da escola, Luzia Pinheiro, disse que a morte da garota causou surpresa no colégio. "Após os primeiros socorros, a médica que a atendeu disse que não havia risco de vida", afirmou. Segundo o secretário Murad, o hospital municipal "fez tudo o que era possível no caso". Ele admitiu que a menina não foi levada a um hospital com leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), "mas isso ocorreu por falta de vagas em leitos de UTI na cidade". Murad disse que vai encaminhar ao CRM (Conselho Regional de Medicina) cópias de todos os procedimento adotados, mostrando que houve medicação e todos cuidados possíveis. A Polícia Civil de Maringá abriu inquérito para apurar a morte da estudante. As investigações começam hoje, segundo o superintendente da Polícia Civil, Terêncio de Lima. "Hoje (ontem), o clima de comoção impediu a conversa com os familiares." Segundo o laudo médico, a estudante morreu por parada cardiorrespiratória. O secretário municipal disse que a necropsia do corpo, que indicaria a real causa da morte, foi impedida pela família. Texto Anterior: Prefeitura indeniza vítima de escorpião Próximo Texto: Mãe diz que filho foi violentado na C&A Índice |
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