São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997
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Balança tem déficit abaixo de US$ 100 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial nos 16 primeiros dias úteis de maio aponta déficit de US$ 78 milhões. Na quarta semana do mês, o resultado foi negativo em US$ 52 milhões.
Os dados foram divulgados ontem, simultaneamente, pelos ministérios da Fazenda e da Indústria, do Comércio e do Turismo.
Caso sejam mantidas as médias diárias de importação e de exportação verificadas até o último dia 25, maio registrará déficit de US$ 98 milhões, o menor do ano. Faltam apenas os dados dos últimos quatro dias úteis do mês.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, confirmou a expectativa de que o mês feche com um "resultado bastante razoável".
Mas manteve reserva quanto à possível inversão do saldo. Mendonça de Barros explicou que as importações tendem a pesar muito nos últimos dias de cada mês -assim como se verificou em abril.
"O resultado de maio será melhor que o de abril, mas não podemos fazer disso um grande acontecimento", ponderou. "Esse resultado não deve se repetir nos próximos meses."
Com os dados da quarta semana, o resultado acumulado da balança comercial de 1º de janeiro a 25 de maio é deficitário em US$ 4,067 bilhões -exportações de US$ 19,06 bilhões menos importações de US$ 23,127 bilhões.
Setor agrícola
As cifras confirmam a tendência de aumento das exportações desde abril. Ocorreria em função dos volumes maiores de embarque e dos preços mais altos no mercado internacional dos produtos agrícolas.
Números anotados no Boletim de Acompanhamento Macroeconômico, divulgado por Mendonça de Barros, mostram que a média diária de embarques verificada de março a maio aumentou 9,9% em relação ao mesmo período de 1996.
O saldo menos alarmante esperado em maio também será resultado das medidas tomadas pelo governo nos últimos dois meses para coibir as importações. A primeira foi a restrição ao financiamento das importações, em março.
A seguir vieram a interrupção da queda nas taxas internas de juros e a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado nas operações de crédito direto para o consumidor final.
O fato de terem ocorrido antecipações das importações nos últimos dias de abril também deve refletir no total de maio.

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