São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997 |
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Rio atrai a Peugeot com R$ 300 mi Empréstimo é por dez anos WILSON TOSTA
O dinheiro equivale a até 75% do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) gerado no período pela nova indústria, e corresponde a cerca de 50% dos investimentos diretos que a montadora fará no empreendimento. O governo estadual também propõe integralizar até R$ 100 milhões do capital da nova fábrica, para tê-la em território fluminense. O secretário da Indústria e Comércio do Estado, Márcio Fortes, disse ontem à Folha que as negociações com os franceses estão "bem avançadas", mas afirmou não poder anunciar ainda oficialmente que a fábrica ficará no Rio. "Essa é uma decisão do grupo empresarial francês, com o qual estamos negociando há oito meses", disse. "Não vou anunciar uma decisão que cabe a terceiros." Fortes vai hoje a Paris para novas negociações com os franceses. Fundo O decreto nº 8, de 15 de março de 1975, regulamentado em 10 de janeiro passado, permite o empréstimo, a ser feito pelo Fundes (Fundo para o Desenvolvimento Econômico e Social do Estado) às próprias empresas que o gerem. "É um empréstimo de capital de giro, fixado à produção", disse Jorge Ávila, diretor da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro), que administra o Fundes. "Se a fábrica produzir mais, pagará mais ICMS e fará jus a empréstimos maiores." Ávila, que estimou para a Folha o total a ser emprestado à Peugeot, disse que, no acordo a ser assinado com a montadora, o Estado procurou garantir que "vai entrar mais dinheiro do que vai sair" dos cofres públicos. O superávit, no caso, será garantido por outros impostos pagos pela Peugeot e pelo ICMS gerado por atividades econômicas criadas a partir da nova fábrica. Empregos O secretário afirmou esperar a geração, na primeira década de funcionamento da fábrica, de 2.500 empregos diretos e 5.000 indiretos. Fortes disse que um acordo de acionistas, a ser proposto, está sendo redigido. O Estado quer garantir que a empresa se comprometa a gerar os 2.500 empregos diretos e a instalar uma fábrica para montar até 100 mil carros por ano. O primeiro veículo será produzido em 2000. A nova fábrica, caso fique no Rio, será em Resende ou Porto Real, no sul fluminense. Texto Anterior: IOF alto tem pouco efeito sobre vendas Próximo Texto: MG não quer sociedade com os franceses Índice |
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