São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 1997 |
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Após surpresa de domingo, eleição agora empolga franceses
MARTA AVANCINI
Se antes do primeiro turno o pleito era ignorado, agora ele se tornou assunto nos cafés e restaurantes de Paris. "Ficou mais interessante. Pelo menos agora existe a esperança de que algo pode mudar", disse à Folha Antoine Rossly, que trabalha como garçom em um café na região da praça da Bastilha. Segundo ele, o destino do país e o nome do futuro primeiro-ministro são os assuntos das conversas dos clientes. Para a professora Claire Lieure, a queda de Juppé vai significar necessariamente mudança. "Acho que o governo entendeu o recado e, mesmo que ganhe as eleições, vai ter de levar mais a sério o que a população quer", disse. Claire acredita que o principal problema da França na atualidade é a pobreza. Ela votou nos socialistas e pretende repetir a opção no próximo domingo. Nas eleições presidenciais de 95, ela havia escolhido Chirac. "Moro em Paris há cinco anos. Quando cheguei aqui não tinha um pedinte em cada esquina, como hoje", afirmou. Desempregado O desempregado Paul Migne não votou no primeiro turno, mas disse que pode mudar de idéia no próximo domingo. "Tudo vai depender de como as coisas correrem esta semana, das propostas que forem apresentadas pelos candidatos. Vou votar naquele em que eu sentir mais firmeza", disse. Migne é formado em economia e foi mandado embora da empresa de vendas onde trabalhava havia 13 meses. Ele vive da ajuda que recebe do governo, equivalente a US$ 1.500 mensais. (MA) Texto Anterior: Le Pen pode pedir votos para a esquerda Próximo Texto: Ministro abandona cargo na Colômbia; Alemanha condena ex-espião comunista;10 mil húngaros comem carne podre, diz ONG; Cinco pessoas morrem em chacina nos EUA Índice |
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