São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Começo do rodízio pode atrasar de novo

Greve na Cetesb é um dos motivos

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O início do rodízio de veículos na região metropolitana de São Paulo pode sofrer novo atraso por causa da greve dos funcionários da Cetesb (agência ambiental paulista) e da demora no envio da mensagem oficial sobre a lei aprovada na Assembléia Legislativa para o governador Mário Covas.
Marcado para começar no início de maio, o rodízio foi adiado para o dia 16 de junho.
Agora, técnicos da Secretaria do Meio Ambiente já avaliam a possibilidade de novo adiamento por causa, principalmente, da demora na Assembléia.
A lei do rodízio foi aprovada na terça-feira da semana passada, mas só ontem foi publicada no Diário Oficial a mensagem do Legislativo para o Executivo -na prática, a liberação para Covas sancionar a lei.
Normalmente, o tempo entre a aprovação e a publicação do texto final no Diário Oficial é de dois a três dias. Para o rodízio, a demora foi de oito dias.
Outro problema é a greve dos funcionários da Cetesb que deve continuar, pelo menos, até a segunda-feira, data marcada para o julgamento da paralisação no Tribunal Regional do Trabalho.
Como o governo já estava com o cronograma de implantação "apertado", há a possibilidade de novo adiamento.
"Estamos tentando manter o dia 16 de junho como data do início do programa, mas dependemos da sanção do governador. Como a lei demorou para chegar no Palácio dos Bandeirantes, não podemos descartar a possibilidade de adiamento", disse o secretário do Meio Ambiente, Fábio Feldmann.
Caso seja adiado novamente, o rodízio deve começar no dia 30 de junho, uma segunda-feira, segundo apurou a Folha. Feldmann não confirmou a nova data.
O líder do governo na Assembléia, o deputado Vanderlei Macris (PSDB), disse que o motivo da demora foi a falta de um presidente na Comissão de Redação -a pessoa que redige o texto final com os pareceres aprovados. Na última hora, ele foi indicado como relator especial pelo presidente da Assembléia, Paulo Kobayashi.
O rodízio será implantado em dez municípios da região metropolitana. A cada dia, 20% da frota ficará impedida de circular.

Texto Anterior: Orelhão depredado ganha placa educativa para reduzir agressões
Próximo Texto: Maníaco ataca mulheres a facadas no DF
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.