São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997![]() |
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Indústria tem maior atividade do Real
MAURICIO ESPOSITO
Contrariando a expectativa da indústria, o índice atingiu a marca de 127,8 pontos, a maior desde o início do Plano Real. O pico anterior havia sido observado em março de 1995, de 119,1 pontos. O índice é o maior já observado desde 1989, ano-base (igual a 100) para o cálculo do INA. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o INA de abril apresenta elevação de 8,2%. Na comparação entre o período março/abril de 1997 e o primeiro bimestre do ano, o crescimento da atividade industrial é de 5%. Para o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Boris Tabacof, o aumento do INA surpreendeu os próprios industriais. Mas ele minimizou a elevação. "Continuamos a afirmar que não há aquecimento da economia", disse. A alta do índice em abril, de acordo com Tabacof, se justificaria principalmente pelo aumento de produção da indústria automobilística e pela metodologia de cálculo do INA, que não estaria prevendo o mês de abril com um número maior de dias úteis (a Páscoa deste ano caiu em março). Segundo Tabacof, quando se descontam os efeitos da sazonalidade no cálculo (dessazonalização) leva-se em conta o número médio de dias úteis em abril nos últimos 20 anos. Como neste ano esse número é maior, teria havido um desvio no resultado final. Temor de arrocho O receio da indústria é que esse crescimento seja interpretado pela equipe econômica em Brasília como um sinal de aquecimento. "Qualquer medida para conter as vendas, especialmente relativas ao crédito, pode ter efeito contrário à produção", afirmou Tabacof. "O consumo não tem mais fôlego e na melhor das hipóteses se mantém estável", acrescentou. Segundo ele, o resultado do INA em abril não reflete as previsões atuais do empresário para os próximos meses. "A tendência para as indústrias de máquinas, plásticos e carros é de queda na atividade em maio." LEIA MAIS sobre índices à pág. 2-3 Próximo Texto: Medindo o impacto; Sem juiz; Melhor prevenir; Saída menor; Na ponta dos dedos; Outra reeleição; Direito ao bico; Perto do cliente; Moda Greenpeace; Marca verde; Avaliando mais; Com outra empresa; Novas oportunidades Índice |
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