São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997 |
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Decisão é preocupante, diz presidente Clinton vê risco para sucessores CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"Mas não há nada que possa ser feito sobre isso", afirmou Clinton a repórteres em Haia, Holanda, onde participava da comemoração do cinquentenário do Plano Marshall, de ajuda à Europa Ocidental. Os advogados de Clinton argumentaram junto à Suprema Corte que o presidente dos EUA não deve responder a ações civis enquanto estiver no exercício do mandato porque isso poderia distraí-lo de suas funções. A Corte, por unanimidade, recusou o argumento. Clinton está sendo processado por Paula Jones, que o acusa de ter tentado forçá-la a praticar sexo oral em maio de 1991, quando ele era governador do Estado de Arkansas, no sul do país. Mas ela só iniciou a ação contra Clinton em 1994, quando ele já era presidente, depois que dois policiais de Arkansas disseram a uma revista que, em 1991, haviam levado ao quarto do então governador uma moça chamada Paula e que ela lhes havia dito que seria namorada de Clinton. Jones pede US$ 700 mil como indenização por danos morais. O advogado de Clinton, Robert Bennett, e o de Jones, Gilbert Davis, estiveram no ano passado próximos de um acordo para pôr fim ao processo. Mas as negociações foram rompidas quando a Casa Branca, sede do governo dos EUA, passou informações desabonadoras sobre Paula a jornalistas. Davis disse ontem que espera decisão para o caso em um ano. Mas especialistas acham que Bennett tem como adiar um veredicto até o fim do mandato (janeiro de 2001). O juiz do caso é que vai resolver se, quando e como o presidente vai depor. Caso isso aconteça, Clinton será o primeiro presidente dos EUA no poder a testemunhar em juízo como acusado. (CELS) Texto Anterior: Bactéria pode se tornar inatacável Próximo Texto: Centenas vão às ruas da capital do ex-Zaire para desafiar Kabila Índice |
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